sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Fidelis Et Mortem


Todas as pessoas que me conhecem sabem que gosto de filmes de terror, particularmente de vampiros.

Este tipo de cinema foi apelidado de “Horror Movie” pela população em geral ou “ Theatre Du Fantastique” pelos grandes mestres do macabro ( Lee, Lugosi, Price, Cushing, Karloff, Lorre ).
No que diz respeito aos filmes de vampiros, o seu misticismo sobressai do cinema gótico personificado no vampiro dos vampiros, o Conde Drácula.

Personagem brilhantemente interpretada nos primórdios por Bela Lugosi e um pouco mais tarde por Sir Christopher Lee sendo este ultimo considerado mui justamente o verdadeiro Drácula quer pela sua qualidade interpretativa quer pelo respeito da personagem criada pelo irlandês Bram Stoker.
Lee vestiu a pele do vampiro dos vampiros durante mais de 20 anos, participando em dezenas de filmes que são considerados hoje em dia obras de culto do cinema gótico.
O vampiro de Lee respeita a essência histórica do folclore do Leste da Europa bem como a obra prima de Stoker, ou seja, um ser cruel, sarcástico, sedento, malévolo, um monstro sem qualquer tipo de sentimentos e com um único propósito: beber a maior quantidade de sangue possível.

Não é isto que sempre nos fascinou ao longo dos tempos? Claro que também podemos juntar as noivas de Drácula, mulheres lindíssimas (típicas eslovenas como alguém disse ) brilhantemente hipnotizadas e que gemem de prazer ao perder o seu fluido vital… Penso que esta imagem é muito mais apelativa do que um vampiro teenie jogar baseball em família…
O próprio conceito de família vampírica so pode ser considerado como uma piada, o vampiro sempre foi retratado como um ser solitário.

Isto tudo vem a propósito de uma sondagem feita online e que premiou Robert Pattinson como o melhor vampiro de todos os tempos, fantástico… participou em dois filmes e já destronou todos os mestres do Theatre Du Fantastique.

A conclusão a que chego é que o conceito de Horror Movie morreu…
Recuso-me a aceitar a imagem do vampiro POP STAR, das t-shirt´s e das revistas BRAVO.
O conceito de vampiro é brilhantemente reproduzido numa afirmação de Lee: “Alto, Moreno e Horrendo” e nunca poderá ser algo como Infeliz, Apaixonado e com PMS…

Quanto ao conceito de vampira, sugiro que leiam o livro Carmilla de Joseph Sheridan Le Fanu que retrata a Condessa Mircalla Karnstein, obra que precede Drácula de Bram Stoker em 25 anos… e sim é verdade, primeiro “existiu” uma condessa vampira e só 25 anos depois “nasceu” Drácula…

Esta sondagem realizada pela “ Pearl and Dean” reflecte o estado em que se encontra o "Horror Cinema", um filme sobre vampiros e com vampiros deve transmitir medo, pânico e suores frios e não humidade generalizada nos cadeirões de cinema onde se sentam jovens e menos jovens mulheres sedentas de ver um vampiro que brilha, que tem problemas psiquiátricos e que joga baseball em família…

Já só falta por o monstro de Frankenstein de tútú!

1 comentário:

J.S. Teixeira disse...

PS Seixal vota contra proposta do PCP que visava alertar para alterações de segurança na linha do Metro Sul do Tejo e para a reivindicação de um Passe Social para esse mesmo meio de transporte público.

Saiba mais no blogue O Flamingo.